Infância e Adolescência Missionária: 169 anos de evangelização
A
Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM) comemorou
neste sábado, 19 de maio, 169 anos de fundação. Nascida na França,
em 1843, foi fundada por dom Carlos de Forbin-Janson (1785-1844) um
bispo que viveu a paixão pela salvação das crianças chinesas,
destinadas, pela pobreza e a ignorância, a morrer sem receber o batismo.
O desejo do fundador era de ir a China, onde a França tinha relações políticas e econômicas, porém se lhe pediu permanecer na França, para que anunciasse a Palavra em sua pátria de origem. Assim, ele fundou a Sociedade da Missão e se converteu em um dos mais ferventes pregadores em sua pátria e em outras partes. Cuidava muito das relações com os missionários que haviam partido à China e, através deles, chegou a conhecer a triste situação das crianças que pertenciam a famílias pobres ou em dificuldade.
A
sensibilidade de dom Carlos tinha justificativa: as crianças chinesas,
apenas nascidas, eram eliminadas, de maneira especial se eram meninas
e se tinham algum defeito. Os missionários pediam ajuda para salvar as
crianças, para acolhê-las nas missões, onde eram batizadas e
educadas cristãmente. Foi assim que o bispo assumiu o problema e começou
uma obra de sensibilização.
Nasce uma nova Obra Missionária
Dirigida
de criança para criança. Essa foi a grande novidade da nova Obra
Missionária criada pelo bispo. O bispo chamou a atenção dos
pequenos sobre a situação das crianças chinesas e lhes pediu a
disponibilidade para ajudar à Igreja a salvar aos pequeninos que morriam
sem receber o batismo. A nova Obra, que se chamaria primeira de
Santa Infância tinha um compromisso muito importante instituído pelo seu
fundador e que até hoje faz parte de sua essência. Uma Ave Maria ao dia
e uma oferta ao mês.
De acordo com o secretário nacional da IAM no Brasil, padre André Luiz de Negreiros, “as
crianças se mostraram de acordo e, com a oração, o sacrifício e os
gestos de solidariedade, deram início a uma competição de ajuda
universal que continua ainda hoje salvando as crianças de cada
continente”.
Ainda
segundo o secretário, a fundação da IAM significou o nascimento de uma
Obra missionária cujos protagonistas seriam elas
próprias, evangelizando-se entre si no mundo inteiro. “Desde seu
nascimento, a Santa Infância se configurou como um itinerário da fé que,
levando a missão ao coração dos pequenos, lhes fazia descobrir a
alegria de servir aos irmãos. Com esta Obra, as crianças se converteriam
muito cedo em sujeitos ativos da evangelização”, sublinhou.
IAM no Brasil
Padre
André comenta que a IAM tem presença marcante no Brasil e vive um
momento frutífero. A prova disso, de acordo com ele, é a abertura para
a universalidade da Missão e a oferta dos cofrinhos das economias das
crianças e adolescentes que, em 2011, somou pouco mais de 20 mil reais.
Ele comemora também a presença da IAM nas comunidades, paróquias,
escolas e creches, além de parcerias com entidades como
Conselhos Tutelares e Programas de Erradicação do Trabalho Infantil
(Peti). No Brasil, a presença da IAM se faz necessária também, segundo o
secretário, pelas diferenças sociais tão presentes em nossa realidade.
Para ele, a
presença da Obra tem como um dos seus objetivos trabalhar a dimensão da
partilha e, com isso, aliviar o sofrimento das crianças.
Para
celebrar a data, padre André sugere que as crianças rezem uma Ave
Maria pela data e já convida as crianças e adolescentes do Brasil a
se prepararem para os 170 anos da Obra, ano que vem e para o ano da IAM
(2013-2014).
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